O Consumo Essencial, O Dispensável E Você

Por | novembro 18, 2014

consumo essencial ou dispensavel

Economizar dinheiro nunca foi uma tarefa fácil. Tantas coisas que queremos, tantos objetivos, compras por impulsos, etc, dificultam cada vez mais nossa decisão de reduzir nosso consumo. Muitas vezes o oposto acontece: gastamos mais do que gostaríamos.

Para aqueles que precisam, em algum momento, reduzir seus gastos para economizar um pouco de dinheiro, podem se encontrar em uma situação bem confusa quanto a esse assunto: onde economizar? Onde posso reduzir meus gastos?

Sem nenhum parâmetro para escolher em que economizar, pode ser um pouco complicado. A pergunta “onde posso reduzir meu consumo?” pode ter uma resposta difícil de ser encontrada.

Para isso, é necessário um ponto de início. Vamos escolher uma variável que é a base de todo consumo: necessidade.

Um grande psicólogo chamado Abraham Maslow ficou conhecido por seu estudo sobre as necessidades humanas. Em resumo, seus estudos mostraram que o ser humano possui uma cadeia de necessidades, sendo a base da “pirâmide de Maslow” as necessidades básicas, como necessidades fisiológicas, até seu topo, onde há necessidades mais avançadas, como realizações pessoais.

Para Maslow, as pessoas buscam primeiro satisfazer a base da pirâmide (necessidades mais básicas), após disso, buscam subir na pirâmide, onde estão os objetivos com necessidades menos essenciais.

É difícil ligar diretamente as necessidades pregadas por Maslow para a economia de dinheiro ligado ao consumo, mas a mesma variável principal pode ser adaptada: necessidades.

Categorizando seu consumo pela necessidade

Antes de reduzir ou abolir alguns consumos para sobrar mais dinheiro no fim do mês, o ideal é classifica-los, para que haja maior eficiência nessa decisão.

Para isso, vamos montar a nossa pirâmide de consumo, dividindo o consumo em dois grupos, classificando-os do mais essencial para o menos essencial. Mas antes uma consideração deve ser feita:

Os consumos mudam de classificação conforme o tempo passa. Por exemplo, uma pessoa que mora com os pais, não possui um gasto com moradia ou alimentação, mesmo ele sendo extremamente essencial para qualquer pessoa. Há uma outra pessoa pagando por esse consumo. Já um chefe de família possuíra mais gastos essenciais, já que sua família dependerá do dinheiro gasto em alimentação, moradia, etc.

Gastos essenciais

Os gastos essenciais são aqueles que não podemos viver sem ele. Eles são fixos e não podemos nos livrar deles por completo. São por exemplo: alimentação (incluindo compra em supermercados de itens essenciais), moradia (incluindo serviços de água, esgoto, luz, aluguel) e todo e qualquer gasto onde você não pode viver sem ele (transporte, educação, etc).

Os gastos essenciais é muito difícil de serem alterados, porém não impossível. Com um pouco de estratégia e análise, tudo se resolve.

Antes de qualquer coisa, identifique seus gastos essenciais. Perceba quais deles são mais necessários e quais menos. E então analise um por vez.

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Algumas dicas para mudar os gastos essenciais

Todas essas dicas podem parecer bobas e muito óbvias. Mas acredite, muitas pessoas não as seguem. Vamos então relembrar o bobo e óbvio? 😉

– Em compras no supermercado, faça uma lista e siga-a de forma rigorosa. Dessa maneira é evitado compra de itens desnecessários.

– Se o aluguel de sua moradia estiver muito caro, considere uma opção para reduzir o valor gasto mensal. Muitas vezes um financiamento pode ser mais barato do que o aluguel. Entretanto uma análise profunda é essencial para essa tomada de decisão.

– A compra de roupas também é essencial. Todos precisamos. Considere comprar roupas de marcas menos famosas. Muitas vezes o preço de uma camiseta triplica apenas por ter um logo de uma marca conhecida.

– Use a concorrência ao seu favor. Se o telefone é essencial para você, pesquise planos e pacotes entre as operadoras que deixam o serviço mais em conta. Muitas vezes conseguimos grandes vantagens apenas por negociar.

– De forma geral, troque de marca e experimente novos produtos. Muitas novas empresas disponibilizam produtos baratos como forma de ganhar mercado. Não seja um grande adepto às grandes marcas, principalmente se ela for cara.

– Aproveite as promoções. Nada melhor do que pagar a metade do preço dos produtos que precisamos.

– Outras pessoas pagam os seus gastos essenciais? Aproveite para guardar mais dinheiro e alcançar maiores objetivos financeiros e pessoais. Esses tipos de gastos pesam bastante no bolso.

consumo

Gastos supérfluos ou dispensáveis

Esses gastos são aqueles que nos damos ao luxo de ter. Eles não possuem ligação nenhuma com as nossas necessidades básicas. São mais fácil de identificar, já que nossa sobrevivência não depende deles. São por exemplos, joias, clubes, diversão, entre outros.

Muitas vezes os gastos essenciais se misturam com os não essenciais. Por exemplo: um calçado é essencial. Mas há uma grande diferença entre pagar o preço justo por um tênis ou pagar mais de mil reais. Dá para entender?

O que não foi essencial no exemplo acima foi o preço do tênis, onde podia ter achado um produto com excelente qualidade por um preço bem menor.

Mas se nossa situação nos permite ter alguns luxos e comprar algo apenas por prazer e gosto, por que não? Mas a ideia aqui é economizar dinheiro. Então os gastos não essenciais ou gastos supérfluos podem ser uma boa fonte de economia.

Não estou dizendo para cortar todo o seu gasto e viver apenas de água e pão para economizar dinheiro, mas precisamos achar um bom senso em cada orçamento. Claro que gastos não essenciais existem e sempre existirão nas nossas vidas. O ideal é achar o ponto que é bom para seu bolso e para você.

Não confunda os gastos essenciais com os dispensáveis

Como dito anteriormente, misturar os dois tipos de gastos são muito comum, por isso além da necessidade, julgue os produtos e serviços pela funcionalidade.

Muitas vezes abrir mão de comprar um carro caro para comprar um mais popular pode garantir mais dinheiro no bolso e menos dor de cabeça futuramente, com manutenção, por exemplo. E a função do carro será a mesma: locomoção.

Use essa comparação para todos os seus gastos, seja supérfluos ou essenciais. Veja a necessidade e depois a funcionalidade. E opte pela opção mais viável. Aquela que se encaixa melhor com o seu bolso.

Quando se trata de consumo, o ideal é usar mais a razão e o bom senso para escolher os produtos certos e não se afundar em dívidas por ter produtos caros “apenas por ter“.

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