Já falamos sobre o que é um fundo de investimento. Agora vamos abordar fatores que devem ser observados para a entrada nos fundos. Então:
Como escolher um fundo de investimento?
Muitas pessoas simplesmente aplicam o dinheiro no fundo que recomendam a ela, sem fazer um comparativo entre outros fundos e as vezes não faz ideia dos fatores que precisam ser observados.
Aplicação inicial mínima
Cada fundo tem um montante mínimo de aplicação. Geralmente, separamos um montante que queremos aplicar em um fundo, então essa deve ser um dos primeiros fatores a serem analisados, já que conseguimos eliminar fundos com aplicação inicial mínima superior ao nosso dinheiro.
Movimentação mínima
Após a aplicação inicial, cada fundo de investimento possui uma movimentação mínima, que é o tanto de dinheiro que você pode movimentar após a entrada no fundo. É bom observar esse valor se o intuito é efetuar aplicações periódicas, como por exemplo, aplicar todo mês no fundo um determinado valor.
Benchmark
O benchmark, de forma resumida, é o objetivo do fundo de investimento. Uma grade parte dos fundos possuem como benchmark o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) que é o índice que eles buscam superar a rentabilidade ou chegar o mais perto possível. Então toda a rentabilidade do fundo é comparada a esse índice. Vale ressaltar que nem todo fundo possui um benchmark.
Alguns dos benchmark que existem são: CDI, IMA-B, S&P PTAX, IBrX, Fechamento Bovespa, ISMLL entre outros.
Performance do Fundo de Investimento
É bom sempre verificar a rentabilidade anterior do fundo. O fundo de investimento possui metas, que é o benchmark, então vale conferir se o fundo tem conseguido atingir suas metas. E lembre-se que a rentabilidade do fundo deve ser comparada ao benchmark. Isso define se o fundo possui uma boa performance ou não.
Taxa de Administração
É uma taxa que representa o “custo” dos serviços do fundo, como administração, análise, custódia entre outros. Essa taxa incide sobre o patrimônio total do fundo anualmente, independente se o fundo ofereceu lucro ou não. Geralmente uma taxa de administração quanto menor melhor, mas nem sempre é assim que funciona. Do que adianta possuir um fundo com uma taxa de administração baixa, se ele apresenta mais prejuízo do que lucro?
Taxa de Performance
Essa taxa é cobrada sempre que o fundo supera o benchmark. É um percentual pago sobre o excedente. Por exemplo: Vamos supor que um fundo possuía como benchmark o CDI, e cobra 15% de taxa de performance. O CDI rendeu 15% ao ano, e o fundo 17% ao ano. Isso quer dizer que o fundo rendeu 2% a mais sobre o CDI. Então haverá o cálculo de 15% (taxa de performance) sobre os 2% (excedente).
O cálculo fica assim: 0,15*0,02=0,003 → 0,3%
Ou seja, haverá o pagamento de 0,3% do patrimônio líquido do fundo como taxa de performance.
Muitos fundos optam por não usar a taxa de performance.
Liquidez
Em quanto tempo você entra e sai do fundo. Geralmente para o fundo captar dinheiro é mais rápido do que retirá-lo. Ou seja, quando você efetuar sua saída do fundo (vender as cotas e ter o dinheiro em mãos) é preciso verificar quanto tempo demorará. Geralmente esse tempo é expresso por D+X. Por exemplo: Um fundo com liquidez em D+1, significa que o dia que você pedir o resgate do dinheiro, demorará o dia da ordem de resgate (D) + 1 dia. Alguns fundos apresentam em dias corridos ou úteis.
Espero que tenham gostado, deixe seu comentário e até a próxima!
Escrito por: Misael RibeiroImagem: Valerie Everett
Perfeito, tirou duvidas que eu estava tendo e não encontrava em lugar nenhum.
Parabéns pelo artigo.
Obrigado Lucio. Aproveite nossos artigos 🙂
Forte abraço!