Os tipos de investimentos que você precisa conhecer

Por | setembro 2, 2015

Hoje em dia há inúmeros tipos de investimentos e aplicações financeiras. Muitas vezes ficamos perdidos e não sabemos nem por onde começar. Fica difícil saber em quais deles aplicar.

Afinal, qual é o melhor? Renda fixa ou variável? CDB, LCI ou títulos públicos? Ações ou mercado futuro? Qual vai atender as suas necessidades?

São diversos tipos, não é mesmo?

Por isso quero te ajudar mostrando vários tipos de investimentos e suas características. Assim você poderá decidir por você mesmo qual investimento estudar primeiro.

Não importa se você não sabe nada sobre investimentos. O ideal aqui é ter uma ideia generalizada dos tipos de investimentos, assim você saberá em qual investir seu tempo para aprender.

Mas lembre-se: antes de investir é necessário que as contas estão em ordem através de um bom planejamento financeiro. Tem dificuldades de controlar as dívidas? Aprenda como sair do vermelho antes de mais nada.

Para isso vamos dividir os tipos de investimentos em várias categorias, a fim de facilitar o aprendizado. Vamos nessa?

tipos de investimentos

Os tipos de investimentos: entendendo a regra de ouro

Existem várias maneiras de agrupar os tipos de investimentos. Talvez pela liquidez, volatilidade, investimento mínimo, tipo de renda, entre muitos outros fatores.

Para facilitar, vamos falar de todas essas características de cada tipo de investimento, individualmente.

Mas para que isso seja feito, e faça sentido, existe uma regra que diz que quanto maior o retorno possível, maior o risco corrido. Pode haver exceções mas são raras.

Ou seja, quanto maior a possível rentabilidade, maior o risco.

Por isso, investimentos de alto risco precisam ser os melhores estudados.

Para iniciarmos a apresentação sobre os tipos de investimentos vamos começar por aqueles de mais fácil acesso a todos. Eles são conseguidos em bancos comerciais (entretanto não são todos os bancos que oferecem esses investimentos).

Tipos de investimentos oferecidos pelos bancos

Certificado de Depósito Bancário

O Certificado de Depósito Bancário, também conhecido como CDB é uma aplicação financeira disponível em quase todos os bancos comerciais.

Ele consiste basicamente em você emprestar dinheiro do banco, recebendo um “certificado” por isso. Dessa forma, o banco fica na obrigação de pagar, com juros, o capital que ele tomou emprestado.

A renda do CDB é fixa, ou seja, dificilmente há perda do capital investido. Caso da falência do banco, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) garante até R$ 250.000,00 por CPF.

A rentabilidade também pode ser pós fixada ou prefixada, variando de banco para banco. A liquidez e o prazo de carência também mudam de operação para operação.

No CDB há cobrança de imposto de renda, uma das desvantagens da aplicação.

–> Guia sobre CDB

LCI

A Letras de Crédito Imobiliário é um dos tipos de investimentos que mais chamam a atenção. Assim como o CDB, também é considerado de renda fixa (conservador), mas com garantias em operações imobiliárias.

Esse investimento tem se tornado cada vez mais popular, já que não há cobrança de imposto de renda, nem de IOF.

Usualmente, aplicações em LCI costumam ter um capital inicial superior se comparado aos CDBs, entretanto existem bancos que estão sendo mais flexíveis, como o Banco do Brasil, oferecendo investimentos mínimos baixos.

A carência mínima desse investimento é de 90 dias e também há garantia de R$ 250.000,00 do FGC.

–> Guia sobre LCI

LCA

A Letra de Crédito do Agronegócio é muito parecida com a LCI, entretanto ao invés de possuir lastro em operações imobiliárias, possui em atividades do agronegócio.

Também é considerada uma aplicação de renda fixa e pode possuir rentabilidade pós fixada e prefixada.

Agora, com a Resolução Bacen 4.410, de 28/05/2015, instituiu carência de 90 dias para resgate da LCA, seguindo a mesma regra que a LCI.

Para o investidor, como a LCI e a LCA não possuem imposto de renda e cobrança de IOF, o ideal é optar por aquele com maior rentabilidade.

–> Guia sobre LCA

RDB

O Recibo de Depósito Bancário possui praticamente as mesmas características que o CDB.

É considerado um investimento também de renda fixa, com um detalhe diferente do CDB: é intransferível e inegociável, mas pode ser resgatado com o banco emissor.

Há também cobrança de imposto de renda, assim como o CDB.

Do ponto de vista do investidor, se um RDB oferecer melhores rentabilidades que outras renda fixa e ele não for precisar do dinheiro, sem dúvidas é um investimento viável.

–> Guia sobre RDB

Tipos de investimentos oferecidos pelo governo – Títulos Públicos

Os títulos públicos merecem uma atenção especial. Eles possuem uma excelente rentabilidade, apesar de serem tributados pelo imposto de renda.

Os títulos públicos possuem várias modalidades, que variam entre rentabilidade prefixada e pós-fixada com índices de inflação mais juros, até pagamento de juros semestrais ou juros mais principal apenas no vencimento.

Os títulos públicos são meus prediletos, já que ele pode se adaptar para cada tipo de investidor.

Há modalidades para longos prazos, para os mais conservadores, tanto para médio prazo, com investidores mais arrojados que querem diversificar os investimentos.

Entretanto um cuidado deve ser tomado com os títulos públicos: ele possuem variação de preço.

Se o título for mantido até o vencimento, o investidor não será afetado pela oscilação de preços.

Entretanto, se negociado antes do período, o preço do título será afetado pelas mudanças da taxas de juros e pelas expectativas de mercado, podendo valorizar ou desvalorizar.

Se a taxa de juros do mercado descer e a do título for maior, o título valorizará. Se o contrário acontecer, seu preço cairá.

Para maior conhecimento sobre os títulos públicos, verifique nosso guia sobre títulos públicos.

–> O que você precisa saber para investir em títulos públicos

Debêntures

As debêntures é uma excelente forma das empresas conseguirem mais recursos para financiar suas atividades.

Essa captação é feita junto com investidores. A empresa assume uma dívida com os investidores, se responsabilizando em devolver o dinheiro captado com juros.

É também considerado uma aplicação de renda fixa, mas ao invés de ser o governo ou bancos o emissor, são empresas que exercem uma atividade economia do lado real da economia.

As debentures são inicialmente distribuídas da empresa para investidores. Posteriormente, os investidores podem comprar ou vender debêntures mesmo depois do prazo de lançamento, mas apenas entre investidores.

Um ponto importante é observar o grau de risco da empresa. Geralmente uma empresa com alto risco tende a oferecer maiores rentabilidades.

As agências de classificação de riscos são as responsáveis para dar notas às empresas. Entre elas temos a agência Moody’s e a Standard & Poor’s.

O investidor pode optar por colocar algumas debêntures em sua carteira, se a rentabilidade for boa e se a empresa apresentar uma boa nota das agências de classificação de risco.

Para mais informações leia nosso guia sobre debêntures.

–> Investimentos em debêntures

Tipos de investimentos em Fundos

Fundos de investimentos

Os fundos de investimentos são grupos de investidores que possuem um mesmo objetivo, deixando seu dinheiro nas mãos de um administrador para que ele faça a gestão do dinheiro e invista buscando o objetivo do fundo.

Existem inúmeros tipos de fundos de investimentos, desde aqueles fundos de renda fixa, até fundos multimercados, que são fundos que possuem uma política de investimento mais liberal, podendo investir em vários tipos de mercados.

Um dos tipos de fundos de investimentos muito conhecido são os de ações: o recurso do fundo é direcionado ao investimento em ações, um mercado que muitas vezes é complexo para muitos investidores.

Para um investidor individual investir em ações há bastante trabalho em traçar uma estratégia e acompanhar o mercado. Esse problema não acontece para quem investe em fundos de investimentos em ações.

O administrador fará a tarefa de analisar as empresas, traçar estratégias e investir o dinheiro. O investidor apenas desfrutará da rentabilidade (ou sofrerá a perda). Lembra da regra de ouro? Quanto maior a possível rentabilidade, maior o risco.

Em troca, o administrador receberá do fundo a taxa de administração que é nada mais que um percentual de todo o capital investido no fundo, tendo lucro ou prejuízo.

Recomendo a leitura de alguns artigos para aprender mais sobre os fundos de investimentos:

–> Como escolher um fundo de investimento ideal

–> Como calcular a rentabilidade de um fundo de investimento

Existem também fundos que procuram buscar a exata rentabilidade de índices, geralmente os índices da bolsa, podendo ser o Ibov, índice do mercado imobiliário e muitos outros.

São chamados ETFs. Uma excelente maneira de diversificar os investimentos. Aprenda mais sobre eles:

–> Fundos de índices: Como investir

Fundo de investimentos imobiliários

Os investimentos em fundos imobiliários ficaram populares no Brasil de alguns anos para cá e ainda tem muito espaço para crescer.

Nesses fundos, com cotas negociadas na bolsa, o cotista passa a receber aluguéis de imóveis objeto do fundo.

Por exemplo: se um fundo de investimento imobiliário arrecada dinheiro junto à investidores (que se transformam em cotistas) para a construção de shopping center em uma região metropolitana, esses cotistas receberão o aluguel pago, isento de IR (uma das boas vantagens dos fundos imobiliários).

Um ‘ponto negativo’ é que esse tipo de investimento tem o preço variado respeitando a oferta e demanda, podendo ser alvo de especulações e volatilidade do mercado.

Entretanto, é uma boa alternativa para quem quer, no fim do mês, ter um dinheiro caindo na conta.

Quer aprender mais sobre essa modalidade de investimento?

–> Fundos de investimentos imobiliários

Investimentos em ações

Esse tipo de investimento é considerado o rei da renda variável.

As ações são partes de empresas que são negociadas na bolsa de valores, dando direito ao seu portador participação nos lucros (dividendo) ou voto em assembléia. Isso depende de qual tipo de ação o portador possui.

Muitas vezes esses investimentos possuem muita volatilidade, ou seja, a variação de preço é muito grande, elevando assim o risco de investir em ações.

Essa variação acontece nada mais e nada menos do que pela oferta e demanda. Quando há mais ofertas de ações para menos compradores, o preço cai.

Quando há mais procura do que oferta, o preço sobe.

Essa é a dinâmica do mercado de ações. Por mais que seja muito fácil entender como funciona, é muito difícil iniciar nesse mercado. Uma estratégia é necessária.

Muitas pessoas preferem analisar comportamento de preços, enquanto outras preferem analisar os fundamentos econômicos e financeiros da empresa.

Enquanto há possibilidade de comprar ações para longo prazo, também há a possibilidade de compra-las e vendê-las a curto prazo.

Por isso o mercado de ações talvez seja o mais versátil de todos. Mas uma verdade nunca muda: tem que ter cuidado com a mudança brusca de preços.

Infelizmente uma desvantagem desse mercado é a necessidade de um alto capital para investir se comparado com outros investimentos, como os títulos públicos.

As taxas de corretagens, custódia e emolumentos costumam tirar boa parte dos lucros ou até mesmo intensificar os prejuízos, por isso todo cuidado é pouco.

Mas com um bom estudo e prática, é um mercado extremamente lucrativo.

Conclusão

Saber quais são os tipos de investimentos é o primeiro passo para aprender como cada um deles podem te beneficiar, montando assim uma boa carteira que atenda suas necessidades e expectativas.

Recapitulando: os tipos de investimentos aqui apresentados podem ser separados em:

  • Investimentos oferecidos por bancos
    • LCI
    • LCA
    • CDB
    • RDB
  • Investimentos oferecidos pelo governo
    • Títulos públicos
      • Prefixado
      • Pós fixado
  • Debêntures
  • Investimentos em fundos
    • Fundos de investimentos
      • Renda fixa
      • Multimercados
      • Em ações
      • Entre outros
    • Fundos imobiliários
  • Ações

Relembrando o que você precisa observar nos diversos tipos de investimentos:

  1. Tipo de renda: fixa ou variável
  2. Liquidez
  3. Carência
  4. Investimento inicial mínimo
  5. Capacidade de movimentação
  6. Rentabilidade
  7. Prazo

Essas são as principais, mas não todas variáveis. Por isso não se esqueça de aprender como realmente os investimentos funcionam.

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